Trabalhadores rejeitam discutir banco de horas em assembleia na Drogaria São Paulo

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 11 de julho, no portão do CD da Drogaria São Paulo, em Osasco, os trabalhadores e trabalhadoras rejeitaram discutir a nova proposta da empresa para o banco de horas enquanto a Drogaria São Paulo não corrigir uma série de problemas. A proposta foi colocada pela empresa no final da semana passada, depois de o Sindicato denunciar as tentativas de pressão e estratégias da chefia de induzir os trabalhadores, inclusive com a criação de um abaixo assinado ao qual foi falsamente atribuída a concordância do Sindicato.

Na assembleia, os companheiros aprovaram, com o Sindicato, proposta de criação de uma comissão para discutir com a empresa questões que estão preocupando os funcionários há muito tempo, como não pagamento de PLR, o desconto da cesta básica e a perda do direito em caso de falta, a falta de transparência e garantias no cumprimento do acordo de banco de horas, a falta de documentação das horas compensadas, a falta de acesso dos funcionários ao RH da empresa (para conseguir conversar com o RH, o trabalhador precisa agendar e o chefe precisa estar junto!). Além disso, as questões acertadas diretamente com o RH nunca se resolvem no mesmo mês.

Para o presidente do Sindfarmaor, Paulo Rogério, embora a contraproposta da empresa trouxesse avanços, a assembleia é soberana e democrática, e os próprios trabalhadores e trabalhadoras optaram quase unanimemente pela proposta de discussão dos demais pontos. “E isso aconteceu porque há muitas razões para o descontentamento, como a pressão constante sobre os trabalhadores e o não pagamento de direitos”.

Bastou a assembleia tomar um rumo diferente do esperado pela empresa que, ao invés de retomar a negociação, a Drogaria São Paulo voltou às práticas abusivas. Após a saída do Sindfarmaor, reuniu os companheiros e companheiras na mudança de turno para voltar a pressionar os funcionários, ameaçando o corte das folgas aos sábados e culpando o Sindicato pelo voto que adiou o acordo do banco de horas.

O Sindfarmaor alerta aos trabalhadores e trabalhadores para continuarem mobilizados e atentos às orientações do sindicato. A luta vai continuar. Com as ameaças da empresa e as outras reclamações de desrespeito aos direitos dos companheiros e companheiras, o Sindicato vai intensificar a pressão e partir para as últimas consequências, conclamando os trabalhadores para a greve se for necessário.

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Autor: admin

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